Sucessor do Argo tem motor híbrido leve mais potente que o do Fastback
15/04/2025 11:33 || Atualizado: 15/04/2025 11:33

Fato confirmado pelo CEO da Stellantis em março, o Fiat Argo está com os dias contados e será substituído por uma variação do projeto do Grande Panda europeu. Mais avançado que o veterano hatch nacional, a novidade já usa um sistema híbrido mais robusto e eficiente que os encontrados Pulse e Fastback T200 Hybrid nacionais.
A Stellantis atualizou recentemente vários modelos na Europa, anunciando o aumento da potência das versões equipadas com o 1.2 híbrido leve a gasolina, dos "antigos" 101 e 136 cv, dependendo da configuração, para 110 e 145 cv, respectivamente. São 9 cv a mais do que no passado e, na opção mais forte, oferece 15 cv a mais na comparação com os 1.0 turbo híbridos leves do Brasil.
Em suma, um aumento modesto para o qual o Grupo Stellantis não teve que modificar o mapeamento da central, o tamanho do turbo ou qualquer outra coisa. Até porque, convenhamos, um punhado de cavalos a mais não justificaria modificações mecânicas. O segredo é muito mais simples: o Stellantis passou a calcular a contribuição do motor elétrico de 28 cv do sistema híbrido leve, que até recentemente era deixado de fora do cálculo.
Uma pequena ajuda
O trem de força híbrido leve que impulsiona grande parte da linha do Grupo Stellantis, incluindo o Grande Panda consiste num motor a gasolina 1.2 turbo com 136 cv e 23,4 kgfm de torque e um motor elétrico síncrono de ímã permanente com 21 kW (28 cv) e 5,6 kgfm, integrado à caixa de câmbio de dupla embreagem e alimentado por uma bateria de íons de lítio de 48 V e 432 Wh.
Para comparação, o T200 Hybrid usado em Pulse e Fastback nacionais consiste em um 1.0 turbo flex auxiliado por um motor elétrico que é alternador/gerador, ainda faz as vezes de motor de partida e é ligado ao propulsor a combustão por meio de uma correia. Diferentemente do Grande Panda, esse motor elétrico opera com 12V, tensão menor, não está ligado diretamente ao conjunto motriz e entrega 4 cv e 1 kgfm de torque. A transmissão é automática do tipo CVT. A Fiat do Brasil declara até 130 cv de potência e 20,4 kgfm, sem somar a atuação do sistema elétrico.
A unidade elétrica do 1.2 europeu, é capaz de mover o carro por alguns quilômetros, a uma velocidade máxima de 30 km/h. Um híbrido leve evoluído, que chamamos de híbrido intermediário, em que o elétrico participa ativamente da viagem. É por isso que a Stellantis decidiu dar a ele a dignidade que merece, aumentando a potência total levando em conta os 9 cv extras que ele é capaz de fornecer ao sistema. Uma inovação que também antecipa um dos requisitos da futura norma Euro 7.